Vamos lá?

Começando Pela Mooca

A Mooca é um dos mais antigos bairros da mega cidade que é São Paulo, segundo alguns registros históricos, sua fundação data de 17 de agosto de 1556 e seus primeiros moradores foram os índios da tribo Guaiana (tupi-guarani).No entanto, com a abertura dos portos e a abolição da escravidão, ambos realizados por Dom João a partir de 1830, o Brasil passou a receber cada vez mais imigrantes, principalmente italianos, os quais, a grande maioria, se instalaram exatamente na área que se transformaria neste importante bairro. Inicialmente, isto é, antes da grande transformação que futuramente seria provocada pela forte industrialização italiana, a Mooca era repleta de sítios e chácaras, tanto é que ainda hoje uma das principais características do bairro, vinda desta época, além da alegria naturalmente emanada pelos italianos, é a tranquilidade de uma cidade do interior.

Uma prova da forte presença dos imigrantes na formação do nosso Brasil, e que obviamente marcou a Mooca, é a existência desta hospedaria, que hoje se transformou no chamado Memorial do Imigrante, era aqui que boa parte dos estrangeiros viviam quando chegavam


Fotos: Patrícia Velasques e Camila Rubio

1ª Foto Rua Dom Bosco com a Rua San Gennaro / 2ª Foto Rua sem saída, cruzamento com a Av. Paes de Barros
Fotos: Camila Rubio

Como a principal influência europeia no bairro da Mooca é a Itália, hoje os italianos e moradores do bairro comemoram suas origens com diversas festas temáticas, entre elas a festa de San Gennaro.
Contando um pouco da Historia:
Esse lindo encontro iniciou-se em 1973.
O Padre Esvegio disse aos paroquianos que a Igreja de San Gennaro precisava de reformas no telhado, uma das frequentadoras teve a idéia de fazer uma rifa, mas a rifa não deu lucro, fizeram outra reunião para arrecadar mais dinheiro daí veio a idéia de fazer uma festa apenas para os paroquianos e amigos. Hoje para todos que desfrutam e gostam da boa comida Italiana e costumes.
Há 35 anos, essa linda festa encanta milhares de pessoas em São Paulo, além de ser vista e comentada em diversas regiões do Brasil.

Entretenimento na Mooca

Avenida Paes de Barros, 955 - Teatro Arthur Azevedo
Fotos: Patrícia Velasques

Inaugurado em 02 de Agosto de 1952
Arquiteto do projeto: Roberto Tibau,
Arthur Azevedo foi um dos teatro mais moderno da cidade de São Paulo.
O nome dado ao teatro é em homenagem ao poeta Artur Nabantino Gonçalves de Azevedo.
Para quem gosta de um bom entretenimento cultural e uma boa peça com atores amadores, aqui vai uma excelente opção para os finais de semana.

Clube Atlético Juventus - Rua Javari, 117

Mais um exemplo de programação com entretenimento é o Clube Atlético Juventus.
Fundado em 1924, clube criado pelos funcionários da fábrica de tecidos da Família Crespi.
No ano seguinte foi inaugurado o campo de futebol.
Juventus time do coração da maioria dos moradores da Mooca. Temos então exemplo de lazer e cultura com a família, para ser mais direto uma ótima programação para pais e filhos.

O Juventus oferece ao associado uma infra-estrutura completa.

O Clube conta nas suas dependências com 2 ginásios de futebol de salão; um ginásio de judô e karatê; uma sala para ballet e jazz; uma para ginástica rítmica; 4 quadras de bocha; uma de basquete;uma de vôlei; uma de areia para futevôlei e vôlei; 7 de tênis de saibro, sendo 2 cobertas e 2 paredões para treinamento e aquecimento.

No parque social existem 3 espaços com churrasqueiras; o playground; jardins; os campos de futebol e de society; a capela; 3 quiosques de alimentação; um restaurante; 6 lanchonetes; uma academia e a pista de cooper.


(todas as fotos foram cedidas pela assessoria de imprensa do próprio clube após contato)

Uma das principais características da Mooca é a forte influência cristã trazida da Itália, por isso, é fácil encontrarmos importantes igrejas católicas espalhadas pelo bairro, as quais não deixaram de lado a arquitetura europeia e, claro, as famosas imagens de santos bem tradicionais.
As principais paróquias são:
San Genaro (São Januário – inaugurada em 1914), pois este é o santo padroeiro da Mooca.
São Rafael (inaugurada em 1935), considerado pelos católicos um dos anjos de cura.


Fotos:Camila Rubio e Patrícia Velasques

Fotos: Camila Rubio e Patrícia Velasques

Nestas fotos trazemos algumas casas construídas na época industrial e um exemplo de vila, as quais são muito comuns em todo o bairro. Todas essas moradias eram baratas e muito simples e ficavam bem próximas as fábricas para facilitar o acesso dos trabalhadores em relação à elas.


Aqui há uns exemplos de casas, cujos modelos são bem mais atuais. O deixa nítido a diferença entre o novo e o velho bem no coração da Mooca


Rua do Hipódromo.
Foto: Patrícia Velasques


Infelismente, a disparidade social também se faz presente em um bairro historicamente importante como é a Mooca. Este fato fica comprovado através deste conjunto de fotos, cuja montagem tem como principal função mostrar como há diferentes formas de viver, socialmente falando, entre lugares tão próximos.


Fotos: Camila Rubio e Patrícia Velasques

Aqui temos um magnífico retrato da modernidade presente em uma região que antes fora bem simples e berço da industrialização brasileira, hoje a Mooca possui ruas e mais ruas de comércio, assim como a foto 2, que é a rua da Mooca, e claro a avenida Paes de Barros, a qual é um misto de residências e comércio.


(1ºfoto Rua Visconde de Laguna,2º Rua da Mooca e 3º Av. Paes de Barros)
Fotos: Patrícia Velasques e Camila Rubio

Toda atividade econômica da Mooca iniciou-se a partir da instalação de fábricas e usinas, as quais além de desenvolver a economia não só do bairro, mas também do Brasil, ajudou a acelerar o processo de povoamento e urbanização da cidade de São Paulo . Todas as primeiras indústrias da região tinham como dono alguns italianos como Rodolpho Crespi , que instalou o chamado Cotonifício Rodolpho Crespi, onde inicialmente era uma fábrica têxtil (hoje o local é ocupado pelo supermercado Extra) e o famosíssimo Francesco Antonio Maria Matarazzo entre outros. Ao andarmos pelo bairro o que mais encontramos são velhos galpões, os quais antigamente abrigavam várias fábricas.

Nas fotos temos vários ângulos de um enorme e antiguíssima instalação fabril, que antes fora uma indústria de tecelagem que faliu, mas agora não passa de um grande estacionamento.

Belém

O bairro do Belém é muito tranquilo, é muito conhecido pelas fábricas de tecidos.
No começo esse bairro era habitado por fazendeiros e donos de chácaras.
Lá foi onde se iniciou a primeira vila de operários do Brasil.
A forte influência do cristianismo é visto nesse bairro, um exemplo é a Igreja São José do Belém e a Paróquia São Carlos Borromeu, onde famílias realizam suas preces.

Igreja São José de Belém
(Localizado no Largo de São José de Belém, sem número)

No terreno onde hoje é a Igreja São José de Belém, anteriormente foi um cemitério por volta de 1.800 porém em 1.872, o cemitério foi desativado e levado para um lugar mais apropriado. Em 14 de julho de 1.897, a modesta capela chamada paróquia Bom Jesus do Brás, foi transformada na Igreja Matriz e inaugurada como tal. É quase impossível não destacar ou mencionar o ponto de encontro dos moradores. Para quem chega ao bairro através do viaduto Guadalajara, avista de longe, o largo e sua igreja ao centro, a qual desde 2.000 é considerada um santuário, pois lá muitos se casaram, se batizaram, fizeram suas preces e, enxugaram suas lágrimas de tristezas e de alegrias.




Fotos: Rosana Bezerra

Nos finais de semana é muito comum encontrar idosos e famílias desfrutando da arborização do local, havia uma feira semanal no local, entretanto os moradores recorreram a prefeitura com assinaturas e conseguiram a extinção dela. Durante a noite a praça é ponto de encontro de jovens.

Moradias do Bairro Belém - Av. Maria Eugênia, próximo a estação Belém do metrô,(saída a esquerda).

Fotos: Rosona Bezerra


No início do século,o bairro era procurado por sua “altitude”,tido como ideal para a recuperação da saúde, graças ao ar puro e aos vastos arvoredos.Devido a essa característica tornou-se famoso como estação de repouso. As famílias abastadas da época vinham para cá passar suas temporadas e fins de semana em lindos pomares e chácaras. Isso foi ate o fim do século XIX. Depois, chegaram as fábricas e então o Belém mudou de cara. Nestas fotos tiradas próximo a estação do Belém do metrô encontramos a disparidade social estampada na arquitetura do local. Retratada na foto está a comparação entre moradias encontradas no bairro Belém, é visível a diferença entre classes sociais, na mesma rua vemos a arquitetura moderna misturada com a realidade de prédios antigos e abandonados.

Fotos: Rosana Bezerra e Patrícia Velasques

Implantada em meados dos anos 60, a Radial Leste (como é conhecida) tornou-se uma das principais vias do trânsito caótico da cidade. Tornou-se tão importante como via axial da cidade de São Paulo, pois cruza todo o eixo leste da cidade até o centro, servindo às subprefeituras da Mooca, Penha, Itaquera e Guaianases. No sentido centro-bairro, a Radial Leste tem seu início na região do Parque Dom Pedro II. Radial Leste é um termo não-oficial, pois a avenida recebe diversos nomes ao longo de sua extensão um exemplo é a Av. Alcântara Machado: entre o Parque Dom Pedro II e a avenida Salim Farah Maluf. Na foto, vemos um trecho deste complexo projeto de urbanização, próximo à estação Belém do metrô.

Tatuapé

O Tatuapé (tupi- guarani "caminho do tatu") é um distrito da Cidade de São Paulo, localizado na zona leste e pertencente à Subprefeitura da Mooca.
Os atuais limites do distrito foram estabelecidos em 1990 pela prefeita Luiza Erundina.
É o distrito mais “verticalizado” da subprefeitura, com uma população formada por descendentes espanhóis, italianos e, principalmente, portugueses. Nesse bairro, o comércio é bastante relevante, exemplo é a Rua Tuiuti, bastante conhecida pelas lojas em geral e clinicas dentárias.
O distrito abriga o Clube Corinthians Paulista e o Parque Municipal do Piqueri, um lugar agradável para caminhadas, ginástica e a prática de bocha, com vários restaurantes com variações de gastronomias vindas de vários países. Assim é o Tatuapé.

Fotos: Rosana Bezerra

Foto:01 Templo evangélico, Assembléia de Deus(Rua Tuiuti com a rua Pe. Adelino ) e Foto:02 Paróquia Nossa Senhora da Conceição (localizada na praça Silvio Romero


O bairro do Tatuapé abriga grandes templos religiosos, pois posui uma grande pluraridade religiosa como é o caso do templo evangélico Assembléia de Deus e da Paróquia católica Nossa Senhora da Conceição.

Av. Celso Garcia.
Foto: Rosana Bezerra

Na década de 70, a Av. Celso Garcia já possuía um comércio forte, com mercados de frutas, cinemas, farmácias, lojas de calçados, padarias e bares, além dos prédios residenciais, tudo muito bem cuidado. O movimento dos ônibus que vinham da zona leste e vice-versa era tão intenso que os engarrafamentos eram constantes, naquele tempo a Av. Celso Garcia era o que hoje a Rua 25 de Março nos representa.Atualmente, representantes lutam pela aprovação de um projeto de revitalização na prefeitura, a obra custará o equivalente a R$800 milhões e promete trazer inclusive um corredor de ônibus na avenida.

Painel: Inter Relação entre o campo e a cidade

Foto: Rosana Bezerra
Localizado dentro da estação Tatuapé do metrô.

Idealização do Metrô de São Paulo juntamente com a empresa Cult Art, contando com o apoio do Governo Federal,criaram o projeto de levar acessibilidade cultural aos mais de 3,3 milhões de usuários do metrô através de obras doadas por grandes artistas plásticos, reproduzidos em grandes painéis.
Ao lado, está o painel de quase 75,0 m em azulejo.
A obra de arte está localizada na estação Tatuapé do metrô, e pertence a Aldemir Martins(1922-2006)artista cearense, mundialmente conhecido pelas pinturas retratando “gatos”.


Fonte Google Imagens

Fotos: Rosana Bezerra e Patrícia Velasques

Shopping Metrô Tatuapé e Shopping Metrô Boulevard Tatuapé.

A partir da estação Tatuapé do metrô, é possível dirigir-se aos dois shoppings. O shopping Metrô Tatuapé fica na saída direita do metrô(Rua Domingos Agostín, n° 91) e o shopping Metrô Boulevard Tatuapé (Rua Gonçalves Crespo, n° 78) na saída à esquerda

Foto: Priscila Crispim

A foto foi tirada embaixo da escadaria central do metrô Tatuapé,próximo a Rua Tuiuti na altura do n° 1.600

O Brás:

O bairro desenvolveu-se no início do século XX em volta da igreja Bom Jesus do Brás e era dividido em dois bairros distintos: o próprio Brás e Marco (abreviatura de Marco de Meia Légua) perto do metrô Bresser-Mooca e era habitada em sua maioria por italianos, gregos e armênios.
Atualmente, a região do Brás é conhecida em território nacional por suas indústrias e lojas de confecções, pois vem pessoas de vários lugares do Brasil comprar lá.

Museu dos TRANSPORTES METROPOLITANOS.

À primeira vista, o museu localizado na Av. Cruzeiro do Sul, 780, parece ser um galpão abandonado, sem nenhum atrativo em especial, mas assim que se passa pela catraca um novo mundo é descoberto com a visão de um bondinho em seu jardim.
O intuito do museu é nos levar a uma viagem ao passado, o que acontece através dos seus três ambientes de exposições, os quais mostram desde antigas maquetes da Praça da Sé até velhos carros oficiais do governo, se por acaso algum dia vocês forem ao Pari não deixem de ir a este museu.
Obs. A entrada é gratuita



Para mostrar um pouco do que há dentro do museu, apresentamos uma mosaico com algumas exposições.


Fotos: Tamires Guedes

Feira de artesanato e culinária no bairro do PARI

Um pedaço da Bolívia no Pari


Mais precisamente na Feirinha da Praça Kantuta, nos sentimos estrangeiras. Lá, todos tinham os olhos levemente puxados, os cabelos pretos e brilhantes, a pele morena e sua língua materna definitivamente não era o português e sim o espanhol. Um momento para matar a saudade de seu país.



Foto: Tamires Guedes

Igreja Stº Antônio do Pari

Localizada em uma pequena praça com aparência de cidadezinha do interior, a Igreja Santo Antonio do Pari tenta manter o mesmo aspecto da época de sua fundação em 1924. Apesar de ter tido duas torres incendiadas em 2006, a igreja continua a ser considerada um patrimônio histórico para os religiosos que a frequentam. Por causa desse incêndio, ela não fica mais aberta para visitas, então não foi possível vê-la de dentro, mas, segundo os moradores da região, a sua beleza não se limita somente à fachada e sim a igreja como um todo.


Fotos: Tamires Guedes

Igreja Bom Jesus do Brás

Foto: Tamires Guedes

Localizada na Avenida Rangel Pestana, é uma das mais antigas de São Paulo.
A Igreja Bom Jesus do Brás já foi uma das mais bonitas do estado, mas com o passar do tempo sua magnitude se perdeu e deu lugar a uma típica igreja os filmes de terror hollywoodiano. Sem muito cuidado, boa parte dos seus bens se deterioraram e o que no passado foi um belo patrimônio religioso hoje se transformou em um albergue para mendigos passarem o dia.

Estádio Portuguesa de Desportos

Fotos: Tamires Guedes


O Deutsch Sportive,clube da colônia alemã em São Paulo, possuía um imóvel no bairro do Canindé, onde praticava os mais variados esportes. Por sua vez, o São Paulo Futebol Clube, comprou então o Canindé em 29 de Janeiro de 1944, por 740 contos de Réis. Ainda, pelo acordo deveria permitir que os membros do clube vendedor continuassem usando as instalações. O Deutsch Sportive mudou de nome para Guarani, abrasileirando-se e fugindo de perseguições. Mais tarde, seus sócios aderiram ao São Paulo.
Em 1956, a Portuguesa adquiriu o imóvel no bairro do Canindé, do seu proprietário, Wadih Sadi. Este, um sócio do São Paulo Futebol Clube, que comprara o imóvel do próprio clube um ano antes. No local havia apenas uma pequena infra-estrutura, que incluía: um campo para treinos, um pequeno salão, vestiários e outras dependências de treinamento

Hotel Cortiço, Brás.

Foto: Tamires Guedes

O cortiço da foto funciona como espécie de hotel e é habitado em sua maioria por imigrantes bolivianos sem condições de ter uma moradia digna, que vivem irregularmente no país, enquanto os apartamentos são habitados por pessoas com uma condição de vida um pouco melhor que a dos imigrantes.

E aqui, para contrapor os exemplos de moradias, temos uma imagen que mostra a verticalização presente no antigo bairro que é o Brás.


Foto: Tamires Guedes

Casas com as fachadas preservadas

Por causa da lei que proibe a destruição da fachada de prédios antigos, muitas casas dos bairros Brás e Pari preservam sua fachada original.